O Parlamento da Eslováquia, na cidade de Bratislava, decidiu não aprovar o aumento de € 440 bilhões do Fundo de Estabilidade Financeira Europeuo fundo, que passaria a ser de € 780 bilhões (R$ 1,9 trilhão) e seria utilizado para socorrer os países europeus em dificuldades financeiras. A Eslováquia, que é um dos países mais pobres da União Europeia, deveria colaborar com 7,7 bilhões de euros para o fundo. A população do país é majoritariamente contra qualquer ajuda a países como Grécia, Espanha, Itália e Irlanda. Todos mais desenvolvidos que a Eslováquia.
A decisão do Parlamento da Eslováquia é um exemplo de que o caminho para a aprovação das medidas será no mínimo complicado. Último entre os 17 parlamentos europeus a decidir, os eslocavos colocaram mais um enorme problema para a já abalada Europa. Somente com as aprovações dos 17 parlamentos nacionais as mudanças do fundo poderiam ser adotadas. O pior é que todos os outros 16 países que adotam o euro como moeda única já aprovaram as medidas.
A maioria dos meios de comunicação da Europa estão dizendo que esse foi apenas um pequeno tropeço no caminho da aprovação das medidas. Porém, assistindo às entrevistas com o povo eslovaco, não me parece que o país esteja decidido a mudar de opinião. Principalmente depois dos eslovacos enfrentarem duríssimas reformas econômicas para ter acesso ao clubinho rico da zona do euro.
É como se os membros do euro afirmassem o seguinte: "Vocês vão ter de fazer um esforço danado para entrar na zona do euro e depois vão ter que esquecer tudo o que fizeram para livrar a cara da Grécia, que simplesmente cometeu fraudes e gastou muito mais do que podia".
A economista eslovaca Dana Antasova disse ao jornal britânico Telegraph que "os gregos recebem aposentadorias gordas e param de trabalhar cedo". Ela, por sua vez, disse que será obrigada a trabalhar até os 65 anos para pagar os empréstimos que o governo de seu país terá de fazer para pagar pelos erros dos gregos. Antasova encerrou sua entrevista dizendo que os gregos "roubaram tudo e agora querem o nosso dinheiro".
Não me parece que a aprovação dessa dinheirama para os encrencados europeus vai sair assim tão fácil.
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