Durante 9 segundos e 63 centésimos, os olhos do mundo se voltaram para o estádio olímpico em Londres. Usain Bolt, a pessoa mais rápida entre os sete bilhões de habitantes do planeta, fez história novamente. A performance dessa figura carismática e extravagante transformou a Jamaica, de uma vez por todas, em uma potência esportiva nos 100 metros rasos. Agora, a terra do reggae é também a dos homens mais velozes do globo terrestre.
O bi-campeão olimpíco, que este ano correu com o príncipe Harry e deixou o membro da família real britânica vencer (veja o vídeo), foi o vencedor um dia antes da data de comemoração dos 50 anos de independência da Jamaica.
Apesar de todo o sofrimento produzido na ilha caribenha pelos imperialistas e escravocratas britânicos durante mais de 300 anos de colonização (veja o vídeo), a população jamaicana parece ver o Reino Unido com um olhar parecido ao dos brasileiros em relação a Portugal. Há, inegavelmente, um certo vínculo entre os dois países, principalmente em razão da língua, o inglês, porém, não resta dúvida que os jamaicanos não querem que essa ligação tenha qualquer valor político.
Prova disso é que este ano, o país caribenho, que apesar de autônomo ainda é uma monarquia constitucional e tem a rainha Elizabeth como líder maior, pretende iniciar uma nova corrida rumo à transformação da nação em república. Isso pretende acabar de uma vez por todas com o vínculo político entre as duas ilhas.